domingo, 15 de agosto de 2010

Minha origem e descendência


Olívia de Cássia Correia de Cerqueira – Jornalista

Esta semana recebi e-mails de parentes que moram bem distantes, que estão curiosos em saber sobre os nossos ascendentes e parentes distantes. Tudo isso por conta da árvore genealógica incompleta que publiquei em um dos meus blogs como um dos capítulos do meu livro de memórias ainda não publicado Mosaicos do Tempo. Estou impressionada com a dimensão da minha família. É tanta gente, que avalio ser difícil concluir o trabalho.
Tenho pensado muito nisso e em brincadeira digo para mim e para outros familiares que parece até a saga da família de José Arcádio Búendia, fundador de Macondo, cidade fantástica da obra de Gabriel Garcia Marquez, no livro Cem Anos de Solidão, obra que valeu ao autor o Prêmio Nobel de Literatura. Na família Búendia, são mais de cem pessoas com o nome de José Arcádio Buendia e José Aureliano, Ursúla e Remédios. Na obra, as mulheres são muito fortes, de fibra e de temperamentos marcantes.
Na minha família, as mulheres também são de fibra, lutadoras, batalhadoras e muitas comandam seus lares. Os nomes e sobrenomes na família de cá também se repetem, confusos, com erros de sobrenomes nos cartórios. São muitos os nomes de João, Júlio, Jonas, Josefa, José, Olívia, Olympia, Manuel, Pedro, Antônio e por aí vai.
Nossos sobrenomes: Siqueira, Cerqueira, Serqueira (com s), Ciqueira (com c), Sirqueira, Vieira, Rosa, Paes, Peixoto, Araújo e Correia foram se misturando e se expandido pelo Brasil a fora. Os casamentos entre primos cosanguíneos e de parentesco muito próximo se deram de maneira desordenada e com muita frequência. Todos nós somos descendentes de portugueses, alguns dizem que de judeus também.
Pesquisei na internet que os sobrenomes Siqueira, ou Sequeira (o mesmo que Cerqueira que foi erro de cartório) é o nome de uma localidade em La Coruña, província galega da Espanha. Há registros de um Brás Siqueira na região do Estado brasileiro do Espírito Santo já em 1694. Meu pai dizia que muitos dos seus parentes tinham ido embora para os estados do Paraná e São Paulo, mas muitos ele nunca obteve notícia.
O sobrenome Rosa foram os cartórios que deram aos Vieira Correia ou Vieira de Siqueira. Já a família Paes tem o sobrenome de origem portuguesa, classificado como sendo um patronímico, pois deriva do nome próprio do fundador deste tronco familiar, deriva do nome próprio Paio ou Pelágio.
Segundo o site http://www.benzisobrenomes.com, o sobrenome Paes existe registrado em Portugal desde o século XIII, é uma linhagem muito antiga e existem registros de diversas formas diferentes, entre elas: Pelagiz, Palagiz, no século XV foi registrado como Paez e Páiz.
O resgate dessa descendência, para mim seria de urgência, pois dependendo dessa pesquisa é que muitos dos parentes querem saber a origem da doença que acometeu muita gente da nossa família, a ataxia spinocerebellar ou Mal de Machado Joseph, que tem origem na Ilha dos Açores, em Portugal. Eu sempre tive muita vontade de conhecer a minha origem, saber de onde vim. É uma curiosidade que também acomete muito dos meus parentes e por isso as interrogações são muitas.
O certo seria se pudéssemos juntar e catalogar todas essas informações num bloco só, como eu queria desde o início, mas devo confessar que muitos dos meus parentes negam essa origem, são muito afastados e desunidos. Eu nunca vi família tão desunida e gostaria de antes de partir para outro plano fazer esse resgate e tentar unir todo mundo.
As informações que obtive para elaborar meu documento incompleto, cuja leitura pode ser feita no blog, foram de oitiva de parentes, mas para que a pesquisa tivesse mais consistência eu teria que percorrer cartórios no interior do Estado e em Pernambuco também.
Em Alagoas eu teria de percorrer desde o município de Água Branca e Jacaré dos Homens, até as cidades da Zona da Mata como Capela, Atalaia, Murici, Branquinha e União dos Palmares, por conta de que os meus tataravôs, tetravôs e bisavôs terem vindo dessas localidades.
No entanto, agora, com a destruição dos cartórios nos dois estados pela enchente ocorrida no dia 18 de junho último, em algumas cidades, vai ficar mais difícil ainda essa busca e eu gostaria que quem tivesse essas informações mais apuradas me procurasse para que eu pudesse complementar minhas pesquisas. Ficarei muito agradecida.

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