sábado, 21 de agosto de 2010

Morte de moradores de rua: será extermínio?


Olívia de Cássia – jornalista

Catorze pessoas que moram nas ruas foram assassinadas em Maceió este ano. A capital alagoana está vivendo dias de violência e intolerância com relação a essas pessoas. Isso se chama extermínio. Nas grandes capitais como São Paulo, desde o ano de 2005 que esses fatos têm sido divulgados com mais frequência.
Lá, a Justiça atribuiu o fato ao crime organizado outros atribuem à própria polícia, que segundo alguns especialistas querem fazer ‘uma limpeza social’, coisa que foi vista no regime nazista onde Hitler defendia uma raça ariana pura. Era um insano tresloucado.
Em recente entrevista à imprensa alagoana, o secretário municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania de Maceió, Pedro Montenegro, prestou depoimento sobre os assassinatos dos moradores de rua na capital alagoana e solicitou que o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gecoc) acompanhe o caso.
Ele solicitou que a investigação sobre os assassinatos seja rigorosa, profunda e sem precipitações, pois, segundo ele, “nenhuma hipótese deve ser descartada, inclusive a do envolvimento de grupos criminosos nas mortes”.
Em Maceió, segundo dados apresentados hoje no programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, moram nas ruas cerca de 300 pessoas, sendo que algumas se refugiam à noite nos albergues para comer e dormir; outras preferem ficar nas portas das lojas e nas praças, o que segundo estudiosos, pode gerar a intolerância social dos comerciantes e pessoas que moram próximas a esses locais onde o morador de rua se abriga.
Até dezembro de 2005, 1,8 milhão de pessoas foram catalogadas como moradores de rua em todo o País, de acordo com um levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social feito com base em 76 municípios brasileiros nesse mesmo ano. Ninguém mora na rua porque acha bonito ou por uma opção salutar de vida. O morador de rua é um ser humano que precisa de atenção, ajuda e merece respeito.
O sociólogo Betinho se destacou internacionalmente pela sua luta de combate à miséria e à pobreza no Brasil, se tornando uma referência e influenciando o governo Lula a criar o Programa Fome Zero, que depois foi incorporado ao Programa Bolsa Família.
Muitos moradores de rua abandonam as suas casas por apresentarem problemas mentais, por falta de emprego e perspectiva de melhora de vida, por problemas sérios na família, desavenças conjugais, depressão, ou por envolvimento com drogas pesadas das quais não conseguem se livrar.
O problema da droga não é só de segurança no País, mas de saúde pública. A pessoa envolvida com droga precisa de ajuda, de apoio da família e dos amigos e de atividade que preencha sua mente para que ela não se volte para o vício.
Na adolescência eu tive alguns amigos e conhecidos que se envolveram com drogas. Naquela época não era tão sério assim. Nossos amigos começaram a experimentar a maconha, que era moda na época, para serem diferentes ou para experimentarem novas emoções. Alguns conseguiram sair, mas outros terminaram morrendo em consequência de graves doenças adquiridas com o consumo exagerado dessas substâncias nocivas.

Um comentário:

Jemima Pompeu disse...

Prezada Olivia,
Sou uma paulistana de 41 anos com um relacionamento gemelar incomum. E foi pensando nele que criou um blog para reunir histórias de gêmeos contadas por eles próprios ou por seus familiares. Em Vizinhos de Útero você encontra relatos de gêmeos adultos, depoimentos de pais, artigos relacionados, curiosidades e fotos de gêmeos famosos. Se você é gêmeo ou tem filhos gêmeos, compartilhe sua história também!

Caso queira fazer uma matéria completa, a blogueira está a disposição.

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