segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Republicação de texto


Minha origem: a árvore genealógica incompleta (*)- Parte 1


Olívia de Cássia Correia de Cerqueira
Jornalista


Segundo as minhas pesquisas, baseadas em informações obtidas por meio de conversas e entrevistas com familiares e com meu primo José Cícero Almeida de Siqueira, nossos antepassados Francisco Vieira de Siqueira, José Vieira de Siqueira e João Vieira de Siqueira vieram da região de Jacaré dos Homens e Água Branca, região do Sertão de Alagoas, com destino à cidade de Capela, microrregião da mata alagoana.
Em Capela, José Vieira de Siqueira comprou terras na Serra do Periperi e se instalou naquele município. João Vieira de Siqueira se fixou na cidade de Branquinha e Francisco Vieira de Siqueira, conhecido como Francisco Rosa, na passagem pela cidade, casou-se com Maria Francisca Viera Correia, que era portadora de uma doença até então desconhecida e que, nos últimos anos, tem sido alvo de estudos científicos. Trata-se da Ataxia Spinocerebellar ou Mal de Machado-Joseph, doença que mais tarde veio acometer grande parte dos meus parentes, inclusive meu pai e todos os seus irmãos e muitos sobrinhos, por parte de pai e mãe. Recentemente descobri que também sou portadora e estou com os primeiros sintomas da doença.
Depois de casados, Francisco Vieira de Siqueira e Maria Francisca Vieira Correia instalaram-se no sítio Jitirana. Francisco e Maria Francisca tiveram dez filhos: Pedro (tio Pedrinho), Manoel (conhecido como Manezinho), Francisco, Tranquilino, Jonas, João, Silvina, Rosa, Olívia (minha avó materna) e Luzia.
Esses meus tios-avós casaram-se com primos legítimos, quase irmãos: Manoel (Manezinho) era proprietário de uma mercearia na fazenda Jitirana de Baixo e conta a lenda da família que teria encontrado três botijas com as quais se valeu para montar o empório. Ele morava vizinho a seu irmão Tranquilino, que não tinha posses.
Manezinho casou com Paulina Vieira Correia (filha de Silvestre Correia), sua prima legítima. Silvestre Correia é meu trisavô, pai do meu bisavô Tibúrcio Vieira Correia que na certidão de casamento de meus avós maternos consta como Tibúrcio Correia de Araújo.
Tonico Correia era meu tetravô -pai de Silvestre Correia, meu trisavô. Silvestre Correia foi pai de Santina Vieira Correia, Paulina Vieira Correia, Maria Francisca Vieira Correia e Satili Vieira Correia. Tonico Correia era senhor de engenho (dono do Engenho das Pedras), próximo à cidade de Capela, e possuía escravos.
Silvestre Correia, filho de Tonico, também teria sido fazendeiro, herdeiro do Engenho das Pedras, igualmente senhor de engenho e dono de escravos. O Engenho das Pedras, em Capela, hoje é a fazenda Pedrinhas, de propriedade de Maurício Moreira, irmão do ex-deputado Sérgio Moreira.
Este Silvestre, meu trisavô, conforme a minha pesquisa, não queria que as filhas Santina, Paulina e Maria Francisca aprendessem a ler para que elas não escreverem cartas a seus namorados. As filhas de Silvestre ajudavam os negros cativos a fugirem do engenho, fosse devido aos maus-tratos, ou pelo desejo de liberdade que os negros alimentavam entre si. Silvestre Correia também era conhecido como Pai Silva.
José Vieira, conhecido como Cazuza Vieira, primo dos meus ascendentes, também era proprietário da fazenda Cachoeira da Orelha, no município de Capela. Francisco Filho, irmão de vovó Olívia e de Pedro casou com Maria Correia de Araújo (Mariazinha), que era filha de Terto. Francisco e Mariazinha geraram: Josefa Correia (Zefinha), José, José, Pedro (conhecido como Doca), Zezito e Lourdes.
Luzia, irmã mais nova de vovó Olívia, casou-se com José Correia Paes, seu primo legítimo, irmão do meu avô Manoel Paes, e gerou: Otávio Paes, Maria Paes, Jonas Paes, João Paes. Quando Luzia morreu José Correia Paes casou com Raimunda e geraram: Lourival Paes, José Paes, Marieta, Raimundo e Antônia. Dos irmãos da minha avó Olívia, filhos de Francisco Vieira de Siqueira, só quem possuía terras eram: Pedro, Manezinho e José Correia Paes.
Pela informação que obtive o meu tio-avô José Correia Paes teria casado quatro vezes. Sua última mulher, Mariquinha, foi natural de Branquinha, da família Fernandes. Dois filhos mais novos de José Correia Paes e Mariquinha (Neuza e Antônio), foram localizados em Niterói, no Rio de Janeiro, mas Neuza já teria morrido, vítima da Ataxia e Antônio é médico da Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro.
Meu avô Manoel Paes também teve uma irmã chamada Luzia, assim como minha avó e meu pai. Essa Luzia, irmã do meu avô Manoel e do tio-avô José Correia Paes, morreu com 15 anos, quando já estava em cadeira de rodas, vítima da mesma doença.
Pedro, irmão da minha avó Olívia, o tio Pedrinho, casou-se com Amélia, que era filha de Joaquim Vieira, sua prima. Pedro e Amélia tiveram: Floriano Vieira de Siqueira e Júlio Vieira de Siqueira, sobrinhos dos meus avós. Eles também se casaram com duas irmãs da família Vergetti.
Minha avó materna, que na certidão de casamento consta como sendo Olívia Maria de Cerqueira, confusão feita pelos cartórios da época, casou com meu avô, Manoel Correia Paes, filho de Tibúrcio Correia de Araújo (o sobrenome teria sido modificado pelo cartório) ou Tibúrcio Vieira Correia, e de Maria Paes de Oliveira, segundo consta na certidão que tenho em mãos.
Minha origem: a árvore genealógica incompleta (*)
Parte 2


Olívia de Cássia Correia de Cerqueira
Jornalista

Jonas Vieira de Siqueira, pai do meu pai, foi registrado como Jonas Correia de Cerqueira. Ele casou com a sua prima legítima Rosa Correia Paes, irmã do meu avô Manoel Paes, do tio José Correia Paes e da tia Luzia, e filha de Tibúrcio.
Meu avô paterno e minha avó Rosa geraram: João Correia de Cerqueira, conhecido como João Jonas (meu pai), Graciliano, que foi registrado como Graciliano Correia de Siqueira, Antônio Jonas Jonas, Piciliano, Júlio (conhecido como Júlio Rosa), José Jonas, Manoel Jonas, Luzia e teria tido outra irmã por nome Olívia, que teria ido embora morar no Paraná, não se sabendo do paradeiro dela. Quando vovó Rosa morreu, meu avô Jonas casou com Maria (vó Nenen) e tiveram: Alfredo, Ester, Renalva, José.
Satili Vieira Correia, único filho homem de Silvestre Correia, meu trisavô, gerou: Ozório Vieira, Edmundo Vieira e Jonas Vieira, pai de Augusta, Grinaura e do primo Joninhas, que foi assassinado, misteriosamente, há alguns anos. Jonas Vieira Correia teve também outros filhos. Maria Augusta, filha de Jonas Vieira, casou com Ernesto, também primo legítimo e tiveram quatro filhos, sendo que alguns deles também seriam portadores da ataxia. Uma das filhas de Grinaura, irmã de Maria Augusta, teria morrido da mesma doença. Grinaura também casou com um irmão de Ernesto, outro primo legítimo.
Outro Jonas, irmão do meu pai, casou com Lourdes e geraram: Nita, José, Geraldo, Francisco (Chiquinho), Eva, Ana e Nana e todos são portadores da ataxia. Mas as informações sobre os irmãos do meu pai são muito desencontradas, pois todos se dispersaram e foram morar em São Paulo, Paraná e no Rio de Janeiro. De vez em quando chega um parente nosso em Alagoas dizendo ser sobrinho de meu pai.
João Vieira de Siqueira, conhecido como João Rosa, casou com Dionília Olímpia de Siqueira, que era filha de Santina Vieira Correia, filha de Silvestre Correia e que era sua prima legítima. Os seis membros da família Vieira de Siqueira casaram-se com os Vieira Correia, que pelas informações que temos hoje também foram portadores de ataxia, e os netos continuaram se casando com os primos, todos portadores desse problema genético degenerativo.
Silvina Vieira de Siqueira, Rosa Vieira de Siqueira, Francisco Vieira de Siqueira e Tranquilino Vieira de Siqueira foram para São Paulo e para o Rio de Janeiro, para tentarem a vida lá fora e não se sabe o destino dos seus descendentes.
Vovô Manoel e Vovó Olívia tiveram: Josefa, Sebastiana, Antônio, José, Noêmia, Antônia (minha mãe), Júlio e Osória. Tia Josefa, irmã mais velha de mamãe, casou com José Antônio da Silva, de Paulo Jacinto, e geraram: Julião, Olival e Edleuza. Minha tia Josefa morreu e José Antônio casou com Josefa Correia de Siqueira (Zefinha), filha de Francisco Vieira de Siqueira Filho, irmão de vovó Olívia, prima legítima da mulher falecida.
Josefa Correia de Siqueira passou a se chamar Josefa Correia da Silva e teve: Aluízio, Maria José Siqueira, Maria José Correia (que era dentista, morreu acometida de uma doença degenerativa que lhe atacou muito rapidamente, no espaço de um ano, deixando-a inválida e levando-a à morte), Silvia, José, Izabel e Rejane.
Sebastiana, a mais velha das mulheres, filha dos meus avós maternos, casou com Anízio Rosa (sobrenome que os cartórios deram, mais tarde aos Vieira de Siqueira) e geraram: José (que era surdo e mudo), Juvenal, Maria, Dermeval, Antônio, Dinalva e Darci. Mas minha tia Sebastiana também teria tido um filho paralítico que morreu muito pequeno.
Meu tio Antônio Paes de Siqueira, o irmão mais velho da minha mãe, casou-se com a prima Marieta, que era filha de José Correia Paes e Raimunda. Antônio e Marieta geram: Eugênio, Gedalva, José, Sônia, Fátima e Elza. Marieta morreu e Antônio casou com Hermínia e geraram: Mônica, Claudenice e Júlio.
Meu tio José Paes de Siqueira, outro irmão da minha mãe, casou com Luzinete e tiveram: Maria José, Josete, Josival, Jandete, Carlos e Sérgio. Noêmia casou com Pedro, que descobri tem parentesco conosco já que sua mãe Natália era prima da nossa prima Amelinha, que casou com o tio Pedrinho. Noêmia e Pedro geraram: Petrúcio e Rita. Petrúcio está acometido, segundo os médicos, de Mal de Parkinson.

Antônia Paes de Siqueira, minha mãe, casou com o primo legítimo João Correia de Cerqueira (meu pai), e depois de casada passou a se chamar Antônia Correia de Cerqueira. Mamãe e papai geraram: Petrúcio, Petrônio, Paulo e eu, Olívia de Cássia. Meu irmão Petrônio, já está com a doença em estágio bem avançado. Eu descobri no ano passado que estou em fase inicial da doença e já começo a dar alguns tombos.
Meu tio Júlio, irmão de mamãe, viveu em regime de união livre com Valdeci, que dele teve José Maria e Lúcia. Osória teve um primeiro casamento com um irmão de tia Marieta, José Paes, mas não teve filhos. Em seguida casou com Fernandes Adelino de Freitas, teve seis filhos mas só uma filha ficou viva, Rita.
Natália Máximo Mesquita, mãe de Pedro Peixoto, marido da minha tia Noêmia, era prima legítima de Amélia, filha de Joaquim Vieira. João Mesquita era tio de Natália e também seria portador da doença, conforme minhas pesquisas.
De José Vieira de Siqueira e João Vieira de Siqueira, sabe-se que seus descendentes teriam migrado para os estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Outra particularidade dos meus ascendentes é que os nomes se repetiam e foram muitos os de: Luzia, José, Maria, Manoel, Júlio, João, Jonas, Olívia (teria havido pelo menos umas três ou quatro, além de mim).

Obs.: (* Capítulo à parte do meu livro de memórias Mosaicos do Tempo que já publiquei em um dos meus blogs e estou republicando a pedido de familiares que moram distantes. Informo que por falta de mais material eu interrompi o texto e os dados estão incompletos)

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