quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ALE realiza sessão e derruba vetos do governador


Sessão contou com a visita de Benedito de Lira e Tony Cloves

Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e fotos)

Quarenta dias depois de ter realizado a última sessão legislativa e sessenta sem aprovar nenhuma matéria, os deputados finalmente compareceram ao plenário da Casa de Tavares Bastos, nesta quarta-feira, 13, e apreciaram algumas matérias que estavam pendentes na ALE, depois de um entendimento de lideranças solicitado pelo deputado Isnaldo Bulhões Júnior. Um dos projetos apreciados na tarde desta quarta-feira foi o veto do governador Teotonio Vilela ao Plano de Cargos e Carreira do Tribunal de Contas, que foi derrubado pelos parlamentares.
A sessão teve início no horário regimental e depois da chamada 21 deputados estavam presentes ao Plenário Tarcísio de Jesus; na segunda chamada, na hora da votação das matérias, apenas 16 estavam no local. A tarde foi de muitos agradecimentos dos deputados que saíram vitoriosos no pleito do último dia 3 de outubro. O primeiro parlamentar a fazer uso da palavra, nas explicações pessoais foi o deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) que agradeceu os votos recebidos e disse que essa foi uma das campanhas mais difíceis que enfrentou.
O deputado foi um dos afastados em 2007 pela Operação Taturana da Polícia Federal e passou nove meses longe da Assembleia Legislativa, junto com mais nove deputados, acusados de um desvio de quase 300 milhões, quando estava exercendo a presidência da Casa. Albuquerque cumprimentou os funcionários da Casa em plenário e destacou algumas ações da sua gestão quando presidente da ALE.
Enquanto o deputado falava, o deputado federal e senador eleito Benedito de Lira (PP) cumprimentava jornalistas que cobrem os trabalhos da Casa e fez questão de cumprimentar um a um indo em seguida para o plenário, convidado pelo presidente Fernando Toledo (PSDB). Lira foi o mais votado para o senado, tendo recebido 940 mil votos. Ele também cumprimentou os funcionários do Poder Legislativo, a quem agradeceu a grande votação que teve. Depois dos cumprimentos se retirou, segundo sua assessoria, porque ia fazer uma viagem ao interior do Estado. Foi uma rápida aparição.
O deputado Nelito Gomes de Barros (PSDB), reeleito para o seu terceiro mandato, apresentou requerimento parabenizando a cidade de União dos Palmares pela passagem da data da sua emancipação política, que aconteceu nesta quarta-feira, 13. Também fizeram uso da palavra os deputados Gilvan Barros (PSDB) e Judson Cabral (PT), que igualmente agradeceram a votação recebida.
Judson Cabral aproveitou sua fala para solicitar da Mesa Diretora uma cópia, impressa ou eletrônica da Lei de Diretrizes Orçamentária (LOA) para que todos os deputados tomem conhecimento do conteúdo que vão analisar. Ele também cobrou um posicionamento sobre o corte de energia elétrica acontecido na semana passada e disse que compareceu ao plenário quando do corte de energia e que se sentiu constrangido.
“Quero destacar alguns episódios que vêm ocorrendo nesta Casa e solicito que a Mesa esclareça (falta de energia na ALE), pois o dudodécimo está sendo repassado com regularidade e é preciso que a Mesa passe as informações (para os deputados). Me senti constrangido com a ocorrência da semana passada”, observou o petista. Outra fala de Cabral foi de solidariedade à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Roussef, que segundo ele, vem sofrendo ataques na internet e na mídia.
Em resposta ao questionamento de Judson Cabral, o presidente Fernando Toledo disse que “houve um enorme equívoco da Eletrobrás em ter suspendido a energia. Nosso compromisso está sendo cumprido”, disse Toledo, observando que a Eletrobrás fez a suspensão com relação a um acordo de dez anos atrás (gestão de Ziane Costa). “Estamos com um entendimento na Justiça, foi uma medida extrema e retomamos o processo de entendimento”, complementou.
TONY CLOVES
Outro político que apareceu na Assembleia, na hora em que os deputados estavam reunidos para entendimento de lideranças, com a finalidade de analisarem o PCC dos funcionários do Tribunal de Contas foi o ex-candidato Tony Cloves, que teve destaque no debate promovido pela TV Pajuçara quando fez várias cobranças ao senador Fernando Collor.
Cloves disse que seu partido decidiu que não vai apoiar a coligação de Ronaldo Lessa (PDT), da Frente Popular, por causa da sua aliança com o senador Fernando Collor (PTB). Ele disse que foi vetado na empresa de Collor no dia do debate da Gazeta e disse que enquanto não saiu a liminar do Supremo Tribunal Eleitoral impedindo-o de participar do debate foi bem tratado, mas que depois se sentiu acuado numa sala, sendo vigiado por funcionários das Organizações Arnon de Mello.
Segundo Cloves, Ronaldo Lessa inviabilizou qualquer pensamento sobre ele (de apoio a sua candidatura). “A coligação do Lessa é complicada por causa do Collor e meu partido (o PCB) resolveu não apoiar, se não fosse o Collor eu tenho certeza que o partido se coligaria”, disse Cloves, acrescentando que em nível nacional o PCB está apoiando a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Ele observou que o objetivo agora é fortalecer o seu partido e que “se precisar, fazer novamente o que fez na campanha fará tudo de novo”.

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