sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Prostituição infantil...

Olívia de Cássia – jornalista

Especialistas constatam que a rede de prostituição no Brasil continua sem solução. Os casos denunciados aumentam a cada dia; antes ficavam encobertos, as pessoas tinham mais medo de denunciar. A prostituição infantil é um negócio rentável nos dias de hoje e talvez seja por isso que é difícil de acabar.

Dizem os estudos que a prostituição, principalmente a infantil, “transformou-se no terceiro mais rentável comércio mundial, atrás apenas da indústria de armas e do narcotráfico”.

Na avaliação dos especialistas, não só dos leigos como também dos instruídos, acreditam que os principais clientes que procuram pelos serviços das menores eram os turistas estrangeiros.
Esse tipo de prática tem se disseminado a cada dia mais no Brasil, mas não é um mal da sociedade moderna. A prostituição sempre existiu, está nos relatos bíblicos como uma das profissões mais antigas no mundo, desde os antigos reis; mudou apenas a logística.

Em países pobres da América Latina, como o Brasil, segundo as estatísticas, as meninas do campo de comunidades mais carentes estão mais vulneráveis. Elas vagueiam pelas ruas e calçadas à procura de homens com quem possam fazer programas para sustentarem as famílias.
Muitas são levadas a esse tipo de vida pelos próprios pais.

Geralmente não têm instrução, não sabem ler e não têm experiência de vida. São vítimas de um sistema corrupto, selecionadas por cafetões para serem exibidas e usadas, como se fossem uma mercadoria, no mercado sujo da prostituição.

Nas grandes cidades isso é quase que uma rotina, mas nos últimos anos essa prática tem acontecido com frequência em cidades do interior em crescimento. Importam para si as mazelas da sociedade dita moderna.

Recentemente, na cidade de União dos Palmares um fato desse foi noticiado nacionalmente, levando Alagoas novamente para as manchetes negativas da imprensa. Geralmente quem está por trás da prostituição infantil são pessoas influentes nas cidades, políticos, juízes, novos ricos, autoridades que deveriam cuidar das crianças e de pessoas menos favorecidas e que, no entanto, dão um péssimo exemplo para a sociedade.

Em casa, com certeza, são pessoas autoritárias e conservadoras com seus familiares, principalmente com as filhas. Entre algumas camadas pobres das sociedades e não só aí, nem bem as meninas menstruam a já são levadas para a prostituição. É comum os Conselhos Tutelares conviverem e receberem denúncia de meninas grávidas de até dez anos. Uma lástima isso.

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