segunda-feira, 13 de junho de 2011

Julgamento de capitão acusado de matar estudante é adiado novamente

Josenildo Törres - Tudo na Hora

O julgamento do capitão Eduardo Alex da Silva, acusado de matar o estudante de Geografia, Johnny Wilter Pino, foi adiado novamente. Desta vez, segundo o advogado Raimundo Palmeira, o adiamento ocorreu porque a assistente de acusação do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) não pôde comparecer ao Fórum de Maceió.

Na semana passada o julgamento também adiado, em razão de problemas no sistema de ar-condicionado do órgão. O julgamento deveria ser presidido pelo juiz Maurício Brêda, que não informou a nova data para que o acusado sente no banco dos réus.

Relembre o caso

O homicídio ocorreu no dia 25 de maio de 2008, quando Johnny Wilter seguia de motocicleta pela BR 104 e foi ferido por dois tiros. Os disparos teriam sido deflagrados pelo capitão Eduardo Alex da Silva, que prestou socorro ao estudante.

Segundo apurou o delegado Valdor Coimbra Lou, a vítima teria sido ferida quando passava por uma barreira policial, no bairro Tabuleiro do Martins. Por não estar habilitado, o condutor da motocicleta, identificado como Marcos Brandão, acabou furando a blitz, e Johnny Wilter recebeu dois tiros.

Em depoimento, o capitão da PM, que foi acusado de atirar contra o estudante, afirmou que os tiros foram deflagrados para revidar os disparos de Johnny Wilter Pino. No entanto, segundo o delegado Valdor Coimbra Lou, o exame residuográfico mostrou que Johnny Pino e Marcos Brandão não usaram armas de fogo.

Já o exame de balística, realizado pela Perícia Oficial de Alagoas, comprovou que o estudante de Geografia foi morto por tiros disparados de sub-metralhadora de nove milímetros. A arma, ainda de acordo com Valdor Coimbra Lou, seria do capitão Eduardo Alex da Silva, que foi indiciado no dia 1º de agosto de 2008.

De acordo com a mãe do estudante de Geografia, Maria Cicera da Silva Pino, afirma que parte dela foi sepultada com o filho. Mesmo com a certeza que punir o provável culpado não trará o filho de volta, ela acredita que a condenação do acusado servirá de exemplo para que outros policiais ajam com cautela, antes de empunhar uma arma de fogo para atirar.

“Quantos sonhos foram interrompidos pelo despreparo de um militar? Mas o que mais me doe é saber que querem transformar meu filho em um bandido, que querem atribuir a ele a culpa de sua própria morte. Será que não basta a dor da perda? Será que ainda tenho que assistir meu filho ser condenado enquanto seu assassino está livre por aí?”, questionou.

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