quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lá se vai o ano

Olívia de Cássia - Jornalista

O mês já está caminhando para o fim, estamos no meio do ano e todos os projetos idealizados no começo de 2011 estão parados. Infelizmente, tudo depende de verbas e sem elas, nada de concreto eu posso fazer na minha vida.

Às vezes a gente idealiza um projeto, tem ele completo na cabeça, mas esbarra no principal que é a ausência do capital para dar encaminhamento à proposta. E vem aquela sensação de frustração e o jeito mesmo é a gente ir se adaptando à realidade que muitas vezes não é tão justa.

Nessas horas a gente precisa de humor para enfrentar a vida real; ele nos ajuda a aliviar as tensões e a encarar a vida com mais leveza e suavidade.

Vamos completar quarto anos, no próximo dia 10 de julho, de fundação da Tribuna Independente e de Jorgraf, a Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas.

Até hoje não recebemos um vintém furado dos nossos direitos trabalhistas, das nossas indenizações, do extinto jornal Tribuna de Alagoas.

Foi um dos maiores golpes sofridos pelos trabalhadores da área de comunicação de Alagoas e até agora o processo está parado.

Passamos dificuldades as mais diversas, enquanto aqueles que nos deram o calote estão aí impunes na sociedade alagoana, desfrutando do bom e do melhor.

O primeiro se candidata todo ano a algum cargo eletivo, tem vários processos na Justiça, mas não dá em nada.

Passou a maior parte de seu patrimônio para ‘laranjas’ e a única punição que a Justiça prescreve é que ele preste serviços comunitários e distribua cestas básicas, coisa que nunca acontece e tudo fica por isso mesmo.

O outro, um grande empresário do Estado, de revenda de veículos importados, conseguiu retirar o seu nome do processo e da mesma forma que o primeiro está impune até hoje.

Há quatro anos, nós trabalhadores enganados do jornal falido, formamos uma cooperativa, para dela – cooperativa, que tem como principal produto a Tribuna Independente - tirar o nosso sustento.

A gente observa muita injustiça na sociedade brasileira e na alagoana isso é gritante, tudo é mais difícil para os trabalhadores. Às vezes dá um desengano, uma decepção com tanta coisa irregular e pouca ou nenhuma punição para quem comete esses crimes.

Nessas horas eu fico me perguntando como vai ficar nossas vidas e a pergunta que todos querem saber é: quem é que vai pagar por isso?

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