quarta-feira, 6 de julho de 2011

O comércio

Petrucio Cerqueira - bancário

O empreendedorismo e o comércio, sem dúvidas, são o carro chefe para desenvolvimento e integração de uma região. Antes do advento das grandes redes de supermercados, havia a proliferação de bodegas e mercearias que eram em grande número, tanto nas cidades do interior como também nas capitais.

União dos Palmares sempre está posicionada como uma das mais desenvolvidas cidades do Estado de Alagoas. Antigamente (década de sessenta), também tinha uma grande quantidade dessas casas de comércio, como também armazéns de compra de cereais, onde os pequenos agricultores vendiam as sobras de safras, como milho, fava, mamona, algodão, feijão.

Na antiga Rua do Matadouro ficava localizado o armazém do Sr João Cachate, mais conhecido pela alcunha de Seu Janjur. No local tinha o armazém de compras do Sr. Demézio e uma fábriqueta de Bananolas de Mané Cabrinha, que na época era esposo de Celina.

Na Rua da Ponte, logo no início, tinha a bodega do Sr Zuzinha, pai do Nininho, a Bodega do Sr. João Jonas (meu pai) e a mercearia do Sr. Davino, (que depois foi morar em Recife). Ainda na Rua da Ponte tinha o armazém de vedas em grosso de charque, bacalhau, açúcar e outras especiarias do Sr. Orlando Bahia, que depois se transformou num alambique.

No final da Rua da Ponte tinha a imponente fábrica de doces “Palmares” e a torrefação de café “Mundaú”, pertencente ao Dr. Newton Pereira Gonçalves. No outro lado da ponte tinha a bodega do Seu Macilon e a do Sr. Jóse Cardoso, um dos maiores comerciantes da cidade e o armazém de compras de cereais de Durval Vieira.

Indo para a Rua do Jatobá havia uma grande bodega do Sr. Otávio, que de tudo tinha. Indo mais adiante tinha na Várzea Grande a família do Zé Correia. Subindo As Pedreiras o Sr. Batinga que, além do Armazém, comprava couro de animais abatidos.

Mais acima (onde era a casa de peças), tinha uma sapataria de Zé Lima, cujas vitrines não deixavam a desejar as de hoje em dia. Subindo mais, tinha o Globo. Do pai de Teixerinha, a venda de Zé Bento (pai de Neto Bento).

Vizinho a Zé Bento, havia o armazém do Sr. José Lopes (pai de Gracinha e avô do Gilsinho), que também negociava com compra de couro de animais (bode carneiro e boi). Mais acima, onde é o hotel do Galvão tinha o alambique da família de Edmilson Cordeiro, onde logo depois ficava a padaria do seu Floriano Bento.

Da calçada da padaria avistava-se do outro lado da linha férrea o armazém de Pedro Barbosa, mais conhecido por Pedro Cara Velha; ao lado ficava a tornearia de José, marido de Rita, de longas histórias de traições de União naquele tempo.

Também se avistava a imponente casa de comércio do Sr. Manoel Felix, onde existia além da padaria uma loja de ferragens. Na Rua Rui Barbosa, onde hoje se encontra a Câmara de Vereadores tinha a loja de eletrodomésticos logo na esquina, do Sr. Manoel da prestação, que era vizinho do Sr. Bilú, que era vizinho do Seu Zé Piloto.

No outro lado tinha o seu Nequinho, depois o pai de Mario Cardoso (Antonio Cardoso), depois a loja de tecidos do Sr. Armando Assunção, onde logo após, tinha a loja do povo. Dobrando a esquina tinha As Lojas Paulistas e de frente para a Praça Basiliano tinha o Avô de Manoel Ceguinho, onde se vendia de tudo, principalmente para agricultores.

Na outra esquina da praça a famosa lanchonete “fábrica Dubom”, que pertencia à família de Eziquio.

Logo abaixo ficava a farmácia da família Plech. Do outro lado da praça ficava a grande loja de tecidos do Sr. Raimundo, que no mínimo tinha umas dez portas, onde fica hoje a loja do Alves. Voltando à loja do Sr. Alonso Pereira e foto do seu Lindolfo.

Na Rua da Macaxeira, logo no início, tinha a padaria do Sr. José Trajano e logo na frente o escritório de contabilidade do Sr. José Bilé, vizinho à loja de Joca Careteiro, pai de Rubinho e avô do Fabian Holanda. Logo após ficava a farmácia de dona Geruza, e nela abrigava o consultório médico de Dr. Duerno Wanderley.

Vou ficar devendo os nomes dos comerciantes das outras ruas de União, pois naquele tempo, meus pais não deixavam, nem eu nem meus irmãos bater pernas ou trabalhava, ou estudava. Estes aqui mencionados fazem parte do trajeto que fazia diariamente para ir ao Grupo Escolar Rocha Cavalcante, mais ou menos em 1960.

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