terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sessão da ALE ficou muda para a imprensa

Fotos de Olívia de Cássia
Fernando Toledo (PSDB) disse que a falta de energia na Casa é uma coisa pontual e que a energia no Centro de Maceió é sempre bem-servida

Olívia de Cássia - Repórter

Novamente, um problema de energia na Assembleia Legislativa Estadual (ALE) afetou o desempenho da sessão nesta terça-feira, 9. Desta vez foi um problema no som que só foi resolvido o do plenário, mas na sala da imprensa ficou mudo.

Alguns jornalistas que cobrem diariamente os trabalhos da Casa pediram a funcionários que ficam no plenário para colocarem gravadores e celulares próximos aos deputados que fizeram uso da tribuna da ALE.

Dezenove deputados compareceram ao plenário, mas por pouco tempo. Alguns responderam a chamada e se retiraram do local. A expectativa da tarde era a chegada do deputado João Beltrão (PRTB) para assumir o mandato, mas ele não apareceu.

Já durante a leitura da ata da sessão anterior, era visível o desinteresse de alguns deputados pela sessão. Alguns conversavam de costas para a mesa e outros faziam uso de seus computadores portáteis ou de celulares.

Na hora do expediente foram lidos alguns projetos que chegaram, mas não deu para ouvir o que o deputado Inácio Loiola (PSDB) lia. Ele deu ciência de todas as matérias que tinham chegado e enquanto falava, a imprensa reclamava do lado de cá a ausência do som.

Parece que alguns deputados não estavam muito interessados no que os colegas Ronaldo Medeiros e Judson Cabral (ambos do PT), os primeiros a fazerem uso da fala, diziam na tribuna da Casa.

Os deputados Marcelo Victor (PTB), Dudu Holanda (PMN), Gilvan Barros (PSDB), Edval Gaia (PSDB e líder do governo na Casa) e Sérgio Toledo (PDT) conversavam despreocupadamente e nem aí para o que dizia Judson ou Ronaldo Medeiros.

Os petistas criticaram o sistema de saúde e educação em Alagoas. Cabral lamentou o que aconteceu em uma escola na cidade de Campo Alegre, onde o teto desabou. “Isso reflete como a educação é tratada no Estado”, disse ele.

O líder do governo na ALE, deputado Edval Gaia Filho (PSDB) rebateu os comentários dos petistas. “O governo tem trabalhado para melhorar tanto a saúde quanto a educação”, completa.

No meio da sessão, o presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB) deu uma saída do plenário e concedeu entrevista à imprensa. Ele disse que a falta de energia na Casa é uma coisa pontual e que a energia no Centro de Maceió é sempre bem-servida.

Interrogado pela repórter da Gazeta, Niviane Rodrigues se não seria o caso da compra de um gerador para a Casa, como sugeriu Judson Cabral, ele argumentou que é um investimento alto e que o som da Casa é bem-cuidado. “Estamos roendo as unhas e sobrevivendo com o mesmo orçamento, congelado há três anos”, disse ele.

Sobre os vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Toledo disse que os deputados estão analisando a matéria nas comissões e conversando com o governo. “Todos os vetos vieram com explicativos e os deputados vãos e debruçar sobre eles”, explicou.

JOÃO BELTRÃO

Toledo falou sobre a volta de João Beltrão para aquele Poder, que deve ser empossado ainda no mês de agosto.

“Soube pela imprensa que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) já decidiu pela sua volta após a recontagem dos seus votos. A questão ainda é jurídica neste momento. Será política quando definirem a data da posse, que poderá ser feita no gabinete da presidência ou até em plenário. Só ele ou sua assessoria quem decide”.

CPI da Eletrobras

Quando a sessão ordinária de ontem foi encerrada, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga os serviços da Eletrobras deu início aos trabalhos.

O superintendente do Procon, Rodrigo Cunha, e o presidente da Chesf, Dilton Daconti, foram os convidados. Rodrigo falou que o Procon recebeu 150 reclamações sobre a estatal, um número relativamente alto. Medeiros quer que daqui a duas semanas, a direção da Eletrobras deponha.

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