segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sessão pública discute as cirurgias de redução de estômago em Alagoas

Olívia de Cássia, com informações da assessoria

Uma audiência pública para discutir a realização das cirurgias bariátricas (de redução de estômago) no Estado aconteceu na tarde desta segunda-feira, 17, na Assembleia Legislativa (ALE). O requerimento solicitando a audiência foi de autoria do deputado Joãozinho Pereira (PSDB) e debateu a união e a parceria conjunta dos três Poderes do Estado a respeito da questão.

O deputado tucano chamou a atenção da população sobre a realidade e a dificuldade dos obesos, no que diz respeito à realização da cirurgia. Ele observou que o número de pessoas no Estado que sofrem de obesidade mórbida e aguardam a cirurgia pelo sistema do SUS chega a mais de mil, de acordo com dados oficiais do Hospital Universitário (HU).

Joãozinho Pereira disse ainda que quando assumiu o mandato de deputado levanteu o número de cirurgias bariátricas que Alagoas estava fazendo “e tomei um susto”. Segundo ele, apenas 20 cirurgias são feitas no Estado por ano e tem uma fila de 1.500 obesos para serem operados.

O deputado observa que é fundamental a parceria do governo do Estado e da Secretaria de Saúde de Maceió para “alcançarmos o objetivo, que é aumentar o número de cirurgias bariátricas em Alagoas”, afirma.

Pereira acrescentou que hoje é ponto inicial para buscar mudanças com relação à obesidade mórbida, que tem que ser vista como caso de saúde pública. Segundo ele, em Alagoas tem muitas pessoas que sofrem dessa doença, sem assistência médica “e precisamos mudar esse quadro”, observou.

A presidente da Associação Alagoana de Obesidade Mórbida, Cristiane Gerbasi, chamou a atenção para a realização dos exames médicos, o maior problema enfrentado hoje por pacientes que estão encaminhados para realizar a cirurgia. De acordo com Cristiane, os pacientes aguardam mais de um ano para realizar todos os procedimentos devido ao número pequeno da equipe médica.

“A nossa proposta é para o SUS aumentar as vagas e viabilizar um número maior de equipe médica para atender toda a demanda que existe hoje no Estado. Além disso, um trabalho socioeducativo tem que ser desenvolvido para que a sociedade tenha respeito com o obeso, que sofre de preconceito”, colocou Cristiane, afirmando que a política pública e a política partidária têm que andar juntas para que todos possam chegar a um denominador comum.

O cirurgião Antônio Pádua, responsável pelas cirurgias em Alagoas, destacou a importância da discussão afirmando que, com a iniciativa, a cirurgia bariátrica pode se estender à população carente.

“A obesidade é uma doença multifatorial, que traz muitas doenças associadas, coma a diabetes tipo 2, doenças na articulação, coração e outras que acabam condicionado a morte”, explicou o especialista.

A sessão contou com a presença de pessoas que se encontram na fila do SUS, do secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, de representantes do Hospital Universitário e da Santa Casa de Misericórdia, além dos deputados Judson Cabral (PT), Sérgio Toledo (PDT), Inácio Loiola (PSDB), Isnaldo Bulhões (PDT), Ronaldo Medeiros (PT), Dudu Holanda (PMN) e Fernando Toledo (PSDB), que presidiu a sessão.

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