sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A esperança se renova

Olívia de Cássia – jornalista

Podemos dizer que lá se foi o ano de 2011. O comércio já se prepara para o Natal, com lojas se enfeitando para a festa. Para mim esse ano foi de dificuldades, esperanças e muita perseverança. A gente tem que acreditar e fazer ou pelo menos tentar realizar o melhor de nós.

A vida não é fácil para muitos, nada nos é dado de graça, sem cobranças ou sem consequências. A vida nos dá grandes lições. Um dia a gente sai ganhando, outros a gente perde e tem que entender que os dois lados da moeda fazem parte do jogo.

Vivo tentando absorver os ensinamentos que a realidade produz e mostra. Não adianta a revolta, as coisas são como são e não adianta lutar contra elas. Já me rebelei muito quando jovem, às vezes uma rebeldia sem causa, mais que faz parte da mocidade, principalmente naquela época da juventude.

Não perdi a capacidade de me indignar diante das injustiças; isso não perco nunca, mas hoje vejo os acontecimentos com mais moderação e discernimento, tentando observar os dois lados da situação. Não há nada que aconteça na vida que não tenha um motivo, aparente ou não.

Hoje eu acordei com vontade de expressar meu sentimento de esperança. De reafirmar para meus leitores, que há realmente “uma luz no fim do túnel” para tudo o que a gente avalia sem solução. A vida tem retornos, resultado daquilo que a gente pratica, eu acredito nisso. Se faz o bem, cedo ou tarde terá os frutos das suas boas intenções e vice versa.

Tenho 23 anos de profissão; passei no vestibular em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, em plena ditadura militar e numa época em que a maioria dos pais queriam ver seus filhos e filhas formados em profissões como médicos, engenheiros, advogados e dentistas, ou com bons casamentos, principalmente as filhas.

Eu fiz tudo ao contrário. Foi um ato revolucionário de minha parte aquela escolha, hoje eu sei. Naquela época, eu tinha certeza que ia mudar o mundo com minhas ideias, meu jeito de ser, sempre contrário ao que me dizia a minha saudosa mãe, com meus escritos e poesias e as minhas amizades.

O tempo passa, a gente vai amadurecendo e entendendo que nem tudo na vida acontece do jeito que esperamos que o seja. Até na profissão é assim, na maioria das vezes. As decepções são muitas, mas eu não saberia ser outra coisa que não fosse ser jornalista, apesar de todos os perrengues, decepções e de tudo o que acontece que possa me contrariar.

Eu sonhava em fazer cobertura de guerras e conflitos, tal qual Euclides da Cunha narrando a Guerra de Canudos. Sempre me imaginava no meio desses acontecimentos, narrando e descrevendo o que via pela frente. Por ironia do destino, o primeiro emprego na profissão foi na revisão de um jornal.

E nesse setor a gente pode ver a qualidade do que é produzido na mídia, nos jornais; mas não é uma função fácil de se exercer e não recomendo para quem não quer ter muitos aborrecimentos na vida profissional.

Mas voltando à vida real, de quem é normal ou tenta parecer um pouco, apesar de tudo a vida vale a pena. É um estágio muito curto essa passagem aqui no Planeta Terra, mas que devemos tirar desse tempo o maior número de ensinamentos que for possível, principalmente sendo mais tolerante e condescendente com as pessoas. Coisas simples que já foram ditas e que são fáceis de a gente absorver. Uma boa semana para todos e fiquem com Deus.

Um comentário:

Goretti Brandão disse...

Olívia, gosto muito de ler a "Olívia": a pessoa, que vai além da jornalista que os leitores conhecem e que confirma, positivamente a profissonal competente que você é. Uma boa semana para você também e um forte abraço

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