terça-feira, 14 de agosto de 2012

Medeiros critica segurança do Estado na ALE, depois de atentado

Foto de Camila Ferraz
Olívia de Cássia – jornalista, com informações de agências e Camila Ferraz

No primeiro discurso que fez na Assembleia Legislativa, depois do atentando sofrido na semana passada, da tribuna da Casa de Tavares Bastos o deputado Ronaldo Medeiros (PT) criticou na sessão desta terça-feira, 14, a segurança pública do Estado.

O parlamentar falou da perseguição sofrida por ele e seus assessores na quinta-feira passada, em um trecho da BR-101, quando teve seu veículo perseguido e abalroado pelo condutor de uma Hilux preta, .quando saia do município de Porto Real do Colégio, após participar de uma reunião com moradores da cidade e se dirigia à Igreja Nova.

Medeiros disse que foi perseguido durante quase 30 minutos, “por esse tal de Orlandinho, que agiu como um marginal, como um vândalo, que a todo o momento tentava me matar e matar a todos que estavam no carro; ele só parou de bater no carro quando chegamos na entrada da cidade de Igreja Nova, praticamente na porta da delegacia”, relatou o deputado.

Depois de relatar toda a perseguição sofrida, o deputado criticou a segurança no Estado e sugeriu que o governador do Estado, reveja o projeto de segurança de Alagoas. O petista afirmou que quem o fez, deve estar no mínimo, querendo acabar com o seu mandato no Governo de Alagoas.

“Eu ando nesse Estado e raramente vejo uma blitz, como poderemos combater a violência assim? Vi uma blitz no sábado em Satuba, mas com apenas quatro policiais”, destacou Medeiros.

Medeiros informou que vai se reunir com a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki e solicitar uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para narrar a situação de insegurança vivida pelos alagoanos.

“O que aconteceu comigo foi um absurdo. Quase 30 minutos sendo atacado em uma rodovia. Se tivesse viatura na delegacia, esse marginal que agiu como covarde teria sido preso”, observou.

O parlamentar afirmou que, a partir de agora, irá visitar todas as delegacias do Estado, com o objetivo de saber para onde estão indo as armas e viaturas com as quais o governo afirma estar equipando a segurança pública: “Agora, vou defender mais uma bandeira nessa Casa: cada cidade tem que ter um delegado, pelo menos duas viaturas equipadas e um lugar decente para trabalhar”.

Ronaldo Medeiros contou que recebeu diversas ligações de familiares do acusado pelo atentado – identificado até o momento apenas como “Orlandinho” e de vários políticos. “Um desses familiares me disse que ele não sabia que era um deputado. Ou seja, se fosse outra pessoa ele poderia fazer o que fez”, desabafou.

Em apartes, vários deputados se solidarizaram ao petista, entre eles Judson Cabral, Antônio Albuquerque, Gilvan Barros, Inácio Loiola, Jota Cavalcante, Sérgio Toledo e João Beltrão, cujo discurso foi enfático: “Isso é um covarde. Bandido merece ir para cadeia. Não podemos ficar calados diante de um ato desses. Não interessa se ele sabia que era um deputado ou não, embora em Alagoas ninguém respeita mais policial, nem deputado. Talvez jornalista tenha hoje mais respeito que deputado”, finalizou.

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