sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Um pouco mais...


Olívia de Cássia - jornalista

Sinto-me frágil agora, nessa madrugada de sexta-feira, 21 de setembro, véspera da primavera,  e mesmo sabendo que já é hora de ir dormir,  tendo que acordar muito cedo logo mais, a inquietação não me deixou em paz e resolvi escrever, antes de  finalmente entregar os pontos e ir para o repouso merecido. Escrever é um vício.

De repente uma emoção mais forte tomou conta de mim  trazendo a lembrança de entes queridos que não estão mais nesse plano. Uns que eu gostaria de abraçar e dizer o quanto me fazem falta; outros que apenas a presença, sem uma palavra sequer, já seria o suficiente para superar esse sentimento de agora.

A gente se põe carente em certas fases da vida, principalmente quando chega à idade madura. Nessas horas sentimos falta de um ombro amigo, um abraço forte e verdadeiro para compartilhar nossas emoções, uma palavra de força e conforto.

Adoro abraços, gosto de me sentir abraçada, adoro carinho, sou carente de mim. Preciso de abraços fortes para me sentir melhor. Reconheço minhas fragilidades e daria tudo, nesse momento, para dividir com uma pessoa  amiga o que vai dentro de mim.

Tem horas que me sinto sufocada precisando fazer uma arrumação interior, feito aquelas gavetas que a gente precisa limpar e se livrar de peças que já estão sem uso há muito tempo. Quando a gente faz essas arrumações, retira o que não serve mais e coloca tudo em seu devido lugar; dá um alívio danado fazer isso.

Da mesma forma é a nossa vida. Talvez eu esteja precisando, em tempo, fazer essa arrumação interior. Buscar e valorizar o que tem de melhor dentro de mim  e descartar de vez o que já não me serve mais.

A gente aprende a viver sozinha, organizar nossa rotina, mas tem horas que a solidão fala mais alto. Não é que eu me sinta vazia, pelo contrário, tenho muito a me preencher, mas tem outras histórias necessárias também na vida da gente e que às vezes faz uma falta danada.

O galo da Estação Ferroviária já começou a cantar. Já passa de uma hora da manhã. Cheguei  há pouco tempo do jornal, mas não consigo me aquietar logo. Preciso acomodar os hormônios, a adrenalina. É muita informação durante o dia e não dá para ser diferente, todos os dias. Tenham um repouso merecido e fiquem com Deus. Até mais.

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