segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O que se passa comigo


Olívia de Cássia - jornalista

Nessa véspera de comemoração do 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, ao contrário dos outros anos, sinto-me angustiada e entristecida, quando deveria estar celebrando Zumbi e todo o seu legado. 

Amanhã eu vou à Serra da Barriga, quero estar bem espiritualmente para receber as energias positivas de lá, estou precisando disso: me renovar e reacender minhas esperanças.

Não posso me deixar impressionar com ameaças à minha estabilidade emocional, já fiz muito isso no passado e não foi uma boa escolha. Diante de tanta notícia ruim dá vontade de chorar, não me resta alternativa interior a não ser lamentar e pedir a Deus clemência.

A gente se sente frágil, impotente, sensibilizada e menos disposta para lutar. E nessas horas é preciso muita força, capacidade de superação e confiança. Se a gente não tiver uma espiritualidade formada e muita fé em Deus, é capaz de titubear.

A gente vive numa gangorra. Não dá para a gente se alegrar com a tristeza dos amigos. Vivemos numa sociedade cheia de contradições, falta de cultura, onde o analfabetismo ainda é gritante.

Minhas incertezas nessa hora vão se avolumando, somadas aos problemas que vão surgindo no cotidiano. Não quero deixar que uma questão profissional abale a minha fé, a minha vontade de viver.

Depois de um tempo a gente aprende que é preciso ser feliz, que não adianta se desesperar diante de uma situação. Não quero antecipar os fatos e não vou me deixar impressionar com a ameaça de uma instabilidade pessoal maior.

Vou procurar abstrair a crise, defender minha felicidade e procurar estar em paz. Que a pena nos seja leve!

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