quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Judson Cabral quer afastar Mesa Diretora da Assembleia

Deputados não aceitam explicações de Fernando Toledo e CPI foi proposta por Olavo Calheiros

Assessoria de Comunicação - Edberto Ticianeli

As explicações que o presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), apresentou na terça-feira,  (6) não convenceram a ninguém e serviu apenas para aumentar o descontentamento dos deputados com a situação de desgaste que o Poder Legislativo vem sofrendo com as denúncias do deputado João Henrique Caldas (PTN).

Nem mesmo a ameaça de processo judicial dirigida ao deputado João Henrique Caldas por Toledo foi levada a sério no Plenário. O tom das intervenções foi de cobrança por transparência das contas. 

Na sessão desta quarta-feira, 7, o deputado Judson Cabral (PT) afirmou que se não fossem dadas as explicações, acionaria a Justiça para afastar a Mesa Diretora, e Olavo Calheiros (PMDB) propôs o aprofundamento das investigações com a instauração de uma CPI.

Judson Cabral reagiu ao pronunciamento de Fernando Toledo dizendo que estava incomodado e envergonhado com os acontecimentos. Para ele, o presidente da Assembleia não pode responder às sérias denúncias que atingem o poder com breves relatos.

 “Somos um coletivo e todos os deputados são atingidos quando as denúncias não são explicadas  ou identificados os responsáveis pelas irregularidades”.

Cobrando a realização de uma reunião dos líderes partidários para receber informações, Judson Cabral avalia que esta situação só está acontecendo porque o poder não é transparente nos seus atos.

“Cansei de cobrar publicidade das nossas contas e a realização de audiências públicas para discutir a gestão fiscal da Assembleia. Da mesma forma, cobrei o plano de aplicação dos recursos oriundos do convênio com a Caixa Econômica. Nunca recebi uma resposta e até hoje não sei como o dinheiro foi aplicado”.

Jeferson Morais (DEM) também declarou que estava incomodado pelas cobranças das ruas. Ele reclamou que os deputados estavam sendo pautados pela imprensa e que não tinha tido acesso a nenhum documento dos que foram fornecidos pela Caixa Econômica. 

Ronaldo Medeiros (PT) propôs que a Assembleia realizasse o recadastramento dos seus servidores e publicasse na internet como forma de evitar problemas como os que estão acontecendo.

Ameaçado de processo por Fernando Toledo, o deputado João Henrique Caldas reagiu com tranquilidade e mandou recado para o presidente da Assembleia, insinuando que vem mais denúncias por aí. 

“Temos que aguardar os próximos capítulos. Isso é apenas o início, a ponta do iceberg. Esse é um momento de muito cuidado, de saber medir as palavras, para depois não se complicar”. JHC alerta que os deputados têm que ter maturidade para enfrentar a crise, mas não pode se omitir, porque pagariam caro por isso.

Fernando Toledo prometeu que o novo procurador-geral da Assembleia, o advogado Fábio Ferrario, assim que tomar posse, vai dar as explicações sobre as contas que foram objeto das denúncias. 

Ferrario substitui Marcos Guerra, que pediu afastamento, segundo os servidores da Casa, após saber que Polícia Federal, Receita Federal e procuradores do INSS fariam uma devassa na Assembleia.


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