quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O que faz a politicagem e a corrupção

Olívia de Cássia – jornalista

Tem momentos na vida da gente que dá uma agonia danada de se ver escrito tanta asneira,  tanto conchavo e tanta gente ainda iludida com falsos profetas. Se a gente for analisar por estado, todo mundo tem uma opinião de rejeição com relação a alguns conceitos teóricos e a algumas lideranças políticas da sua terra. É só acompanhar a política e ver o noticiário.

Eu tenho comigo a certeza de que ninguém agrada todo mundo ao mesmo tempo e em todo o lugar, cada pessoa tem o seu modo de pensar e avalia que aquele é o certo, o ideal, de acordo com sua linha de pensamento. Besteira essa teoria de se dizer e se achar o dono da verdade, porque ninguém é proprietário absoluto dela: não existe verdade absoluta e essa é uma questão filosófica discutível.

 Cada pessoa tem uma visão de mundo, que se encaixa em um ou em outro modo de pensar. Quem vive no mundo político pensa de uma forma; quem vive longe disso pensa de outra, isso é fato, minha gente.

Não é salutar ficar brigando com nossos amigos por causa de linhas de pensamentos, cada um tem uma sua visão de mundo de acordo com o que lhe foi ensinado. Tem gente que faz questão de criar inimizades por conta de política e de políticos. Eu já estou longe disso, sei separar as amizades do mundo político em que vivo.

 As ideologias no país e aqui em Alagoas já foram de ralo abaixo, se é que algum dia o Brasil teve alguma. Já passei do tempo de acreditar piamente e com paixão em partidos e em  lideranças, que arrotavam suas teorias na época da universidade e até espumavam no canto da boca contra determinados políticos ‘da direita’ que hoje são aliados seus.

Eu sei que é salutar mudar a maneira de pensar, uma pessoa só cresce se muda sua maneira de pensar e de agir, mas não dessa forma, do pior jeito. Hoje esse povo que arrotava pureza de pensamento, ideológicos de plantão, que brigavam ferrenhamente naquele tempo pelo poder,  infelizmente, estão todos no mesmo barco, confortavelmente instalados em cargos públicos e defendendo o indefensável. Não digo que estejam errados ou certos: cada um faz o que manda a sua consciência.

Li agora há pouco em um site que o senador Aércio Neves, candidato dos tucanos à Presidência da República, já procurou o Paulinho da Força Sindical, que criou o Pros (Partido da Solidariedade) e que Aércio deseja que o Solidariedade faça oposição ao governo Dilma.

 "A aprovação do Solidariedade é um ponto extremamente positivo e a minha expectativa é que possamos construir no futuro um projeto juntos, a favor do Brasil”, teria dito Aécio Neves. E nesse mesmo site, vários internautas de Minas Gerais protestando, falando horrores de ‘Aercinho’,  reproduzindo notas publicadas na imprensa sobre processos que Paulinho estaria respondendo, por improbidade administrativa e outras ‘coisitas’ mais.

Ninguém é santo nessa seara. Se a gente for elencar, falta espaço para dizer todos os casos de corrupção que  aconteceram no país. Vejamos alguns: Máfia dos fiscais (desvio de R$ 18 milhões: 1998 e 2008- Câmara dos vereadores e servidores públicos de São Paulo.); Mensalão (2005-Câmara Federal- políticos aliados ao PT recebiam R$ 30 mil mensais para votar de acordo com os interesses do governo Lula. Dos 40 envolvidos, apenas três deputados foram cassados. A conta final foi estimada em R$ 55 milhões, mas pode ter sido muito maior).

Já na Operação Sanguessuga foram desviados R$ 140 milhões (2006-prefeituras e Congresso Nacional); Sudam - R$ 214 milhões- 1998 e 1999- Senado Federal e União); Operação Navalha - R$ 610 milhões-2007- Prefeituras, Câmara dos Deputados e Ministério de Minas e Energia); Anões do orçamento- R$ 800 milhões- De 1989 a 1992- Congresso Nacional; só para citar alguns exemplos.  E assim caminha... Boa noite!

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