sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Quando a gente espera

Olívia de Cássia – jornalista

Quando aquele sentimento te sufoca e não deixa que você pense e repense sua vida, está na hora de tomar uma decisão firme e romper o elo que te acorrenta a um sentimento que não é de harmonia, mesmo que a tua atitude te traga dor.

Isso a gente só se dá conta depois de muito tempo passado. Somos mais quando nos enchemos de sentimentos que sejam de paz e se há cumplicidade e bons sentimentos em nossos corações.

Somos melhores, muito mais quando acreditamos que podemos ser infinitamente úteis e felizes com um simples caminhar, fazendo o bem e nos despojando do nosso egoísmo e de sentimentos que não sejam de paz e bem.

Precisamos de vez deixar o orgulho e os sentimentos de arrogância para trás, semear a humildade e reconhecer que somos frágeis diante das intempéries da vida; entender que precisamos nos robustecer de encantamento para enfrentar o que vier pela frente e só assim é que a gente aprende.

Tive exemplos claros do que estou afirmando: eu achava que podia enfrentar o mundo e estava disposta a revirá-lo de cabeça para baixo, se preciso fosse, em busca daquilo que eu achava fosse a felicidade; daquele sentimento que eu acreditava que existia, que fosse de mão dupla.

Lutei com todas as minhas forças, para no fim perceber que eu tinha me enganado com relação àquele sentimento, mais uma vez. Não, não era amor aquele sentimento: era obsessão de  minha parte; do outro lado, egoísmo, jogo de interesses e tramoia de caso pensado.

Não havia lealdade onde eu avaliava que tivéssemos um pacto de solidariedade, de amizade e de carinho: só havia uma grande encenação, uma farsa que me induzia a pensar errado diante dos fatos e quando a gente passa a ver melhor, quando a gente se dá conta do erro, às vezes já se passaram muitos anos...

E demorou muito para que eu tirasse a venda dos olhos e percebesse o meu engano.  Ledo engano de alguém que viveu muito mais de sonhos de que de pé no chão. E dói quando a gente percebe que foi enganada, passada para trás e tripudiada em seus mais doces sentimentos.

Mas a vida, ela  é uma grande roda viva e quando a gente menos espera, ela nos dá uma resposta à altura dos acontecimentos, mesmo que isso demore a acontecer. O destino às vezes é traiçoeiro e mesmo que a gente nem lembre mais do que aconteceu, lá num futuro, que pode ser muito distante, ele te dá uma rasteira danada. Boa noite e fiquem com Deus!

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