quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Enquanto aguardo a chave ...

Olívia de Cássia – jornalista

Enquanto aguardo a chave para abrir a porta do meu local de trabalho, me ponho a pensar em mil assuntos que estão na ordem do dia em meu ciclo do cotidiano. São 6h57 quando começo a escrever e penso que ainda tenho duas pautas para concluir.

Cá estou eu imaginando ideias para ilustrar as matérias, além do texto que vou escrever e em como vou cumprir minhas tarefas acumuladas durante o recesso da Assembleia. A greve dos servidores continua até que paguem os salários devidos.

Não recebemos décimo-terceiro, que deveria ter sido pago em 20 de dezembro do ano passado e passa um monte de indagação na minha cabeça. São tantas coisas a pensar e resolver e estaciono no prazo que terei para colocar todas as informações em dia: vai demorar.

Este ano será atípico; de eleições, Copa do Mundo, temas que tomam quase todas as pautas dos meios de comunicação e as rodas de conversa nos botequins. E enquanto o tempo vai passado tão rápido, eu lembro que já se passaram sete anos, desde o fechamento da nossa Tribuna de Alagoas e ainda não recebemos nossas indenizações, os ganhos que todo trabalhador tem direito.

Essas informações me vêm à tona, quando lembro que tenho reformas urgentes da minha casa para fazer, serviços que são essenciais: reforma total. Preciso de tudo por lá, de toda estrutura: desde o piso, pintura e outros adereços, a móveis e eletrodomésticos. Quase nada mais está prestando lá em casa e ela grita por uma reforma.

Enquanto aguardo a chave vou pensando em tudo isso; ligo o rádio na Educativa FM e ouço uma entrevista da vereadora Heloísa Helena (PSOL) que fala de vários temas, como o orçamento de Maceió, recém-aprovado na Câmara.

A vereadora falou ainda de seu voto contrário à matéria e os motivos que a levaram a isso, falou de seus projetos no parlamento municipal e da pré-candidatura ao Senado, entre outros assuntos, como os gastos exorbitantes de alguns candidatos na próxima campanha.

Loló disse que vai fazer uma campanha propositiva, ‘pisando firme e seguindo em frente. Espero que a campanha seja de alto nível’, disse ela e é o que todos nós esperamos. A população esclarecida está cansada da baixaria nas campanhas e da ausência de propostas e projetos.

Há um ciclo vicioso na política brasileira e em Alagoas isso não é diferente: é preciso acabar com a corrupção, mas cada dia vejo isso se distanciar. E me ponho a pensar na proposta do voto facultativo no Brasil.

Nesta quarta-feira, 29, entrou em vigor a chamada Lei Anticorrupção Empresarial no País. A norma prevê que empresas e pessoas jurídicas respondam civil e administrativamente quando seus empregados ou representantes forem acusados de envolvimento com a corrupção de agentes públicos, de fraude em licitações ou de dificultar investigações.

Mas a Lei 12.846 entra em vigor, no entanto, sem que o decreto presidencial que a regulamenta tenha sido publicado, de acordo com informações publicadas na imprensa, mas segundo a Casa Civil, a lei é válida mesmo sem a publicação do decreto.

Ainda falta a regulamentação de aspectos como os critérios para aplicação das multas, os fatos agravantes da prática ilícita e quais os mecanismos corporativos de controle de irregularidades que podem servir de atenuantes à pena pode criar dificuldades processuais, caso alguma empresa ou entidade venha a ser denunciada. Enquanto aguardo a chave eu sigo pensando em temas múltiplos e o tempo corre.

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