quinta-feira, 31 de julho de 2014

Um crime inafiançável

Olívia de Cássia - jornalista

A violência cometida contra a mulher é um crime que vem se perpetuando na história da humanidade há muitos séculos. Parece que quanto mais as sociedades avançam no que diz respeito a estrutura, melhoria de vida e aprimoramento do saber, mais essa prática hedionda se avoluma.

Nem as campanhas que são feitas de conscientização contra esse tipo de crime parece que tem adiantado. É só dar uma percorrida no noticiário diariamente para perceber o quanto o ser humano tem sido cruel.
Ao longo dos séculos as mulheres e os movimentos sociais protestaram: nos ambientes de trabalho e na luta diária pela sobrevivência têm reclamado contra o atraso e a brutalidade de ações violentas cometidas contra elas.

Muitas mulheres foram mortas por lutarem por dias melhores e mais justos e outras conseguiram seu lugar na sociedade, mas nos dias atuais, cotidianamente, é comum o noticiário expressar toda a brutalidade dos companheiros contra as suas mulheres, numa demonstração de fraqueza e covardia insanas.

A violência contra as mulheres é uma atitude mesquinha, covarde e machista de homens que não evoluíram como seres humanos e permanecem na pré-história de suas consciências. Avaliam eles que as companheiras são objetos de sua propriedade com os quais podem manipular e dispor da forma que lhes cabe.

Apesar da aplicação da Lei Maria da Penha a violência contra a mulher vem crescendo de forma incontrolada também em Alagoas. Os assassinos têm o mesmo perfil, maridos, ex-maridos, namorados e companheiros inconformados com o fim do relacionamento. Estamos vivendo uma guerra desigual.

Segundo os últimos estudos realizados pelas instituições ligadas ao tema, aumentou o nível de preocupação com a violência doméstica em todas as regiões do País.

A violência contra as mulheres dentro e fora de casa foi apontada como o problema que mais preocupa a brasileira na atualidade.

Segundo o Mapa da Violência de 2013, as mulheres jovens são as principais vítimas de espancamentos e assassinatos.

O estudo aponta que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios de mulheres aumentou . Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país. Desse total, a taxa de mortes entre as mulheres jovens foi de 7,1 por grupo de 100 mil, enquanto na população não jovem, com idades abaixo de 15 e acima dos 24 anos, o índice foi de 4,1.


É preciso que fiquemos vigilantes diante desse grande problema que afeta a humanidade e que deve ser tema de muitos estudos nos próximos anos. Que a paz esteja presente em nossos corações. Boa tarde. 

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