domingo, 5 de julho de 2015

Com apenas 26 anos, Clezivaldo Mizael toma posse presidência Rotary de União dos Palmares

Apesar da idade, jovem afirma que está preparado para assumir o desafio



Olívia de Cássia - Repórter
Com apenas 26 anos, Clezivaldo Mizael Neto tomará posse nesta terça-feira, 7, na presidência do Rotary de União dos Palmares e disse à reportagem que está preparado para assumir o desafio.

Clezivaldo Mizael Neto foi eleito por unanimidade no último mês de dezembro e disse que está no Rotary há apenas onze meses. Foto Arquivo pessoal


Clezivaldo Mizael foi eleito por unanimidade no último mês de dezembro e disse que está no Rotary há apenas onze meses. Segundo ele, desde a pré-adolescência sempre gostou de atuar em ações sociais, políticas. “Tudo começou na escola, fui presidente de sala em todos os anos que cursei o ensino fundamental e médio, só perdi eleição uma vez [rsrs]; fui presidente do grêmio estudantil da Escola Carlos Gomes, presidente da UMES, membro do Conselho de Direitos da Criança e Adolescente, membro do Conselho Municipal de Segurança Pública, nunca gostei de ficar parado, o social sempre foi meu lado forte”, observa.
O jovem Clezivaldo Mizael conta ainda que em 2014 recebeu o convite pra conhecer o Rotary e foi visitar: “Gostei do plano e objetivo da organização, de seu papel social em nível mundial e me associei”. Abaixo a pequena entrevista concedida à reportagem.
                                     ***
Primeiro Momento -  É a primeira vez que você assume a presidência da instituição?
Clezivaldo Mizael Neto - Sim, é a primeira vez. Faz apenas 11 meses que sou rotariano e em dezembro, época em que sempre se escolhe o próximo gestor do clube, fui eleito por unanimidade para presidir a organização no ano rotário que corresponde 2015/2016.
PM -  Quantos anos você tem?
CMN – (risos) 26 anos.
PM - Por que você, um rapaz tão jovem, resolveu assumir um cargo tão importante e de muita responsabilidade em uma instituição internacional como o Rotary?
CMN  - Desde a pré-adolescência sempre gostei de atuar em ações sociais e políticas; enfim, tudo começou na escola: fui presidente de sala em todos os anos que cursei o ensino fundamental e médio, só perdi eleição uma vez [rsrs]. Fui presidente do grêmio estudantil da Escola Carlos Gomes, presidente da UMES (entidade dos estudantes do município); membro do Conselho de Direitos da Criança e Adolescente, membro do Conselho Municipal de Segurança Pública. Nunca gostei de ficar parado; o social sempre foi meu lado forte. Em 2014 recebi o convite para conhecer o Rotary e fui visitar; gostei do plano e objetivo da organização, de seu papel social em nível mundial e me associei. Vi que no Rotary eu poderia ter a oportunidade de servir, de fazer mais por minha comunidade, claro com o apoio dos sócios e parceiros em potencial. 
PM -  Está preparado para esse desafio? Qual o seu objetivo?
CMN  - Reconheço que na juventude temos muita força e ânimo para fazer muita coisa ao mesmo tempo: a energia, pressa, mil sonhos, enfim... Mas dirigir um clube que carrega um nome tão forte exige habilidades como a perseverança, paciência, sabedoria e o trabalho. Estou preparado e tenho vários objetivos como: fortalecer nossa cidade com ações pontuais, fortalecer nosso clube com o aumento do quadro associativo, e enfim estar sempre disponível para servir nossa comunidade. Assim como servimos no momento daquela terrível catástrofe natural em 2010, o Rotary foi a primeiro organização a chegar na região com as barracas para abrigar as famílias [Shelterbox], roupas, alimentos, remédios, artigos para higiene, etc. Já servimos com o projeto LigthHouse e hoje com os projetos setoriais do programa ‘Eu sou União’.
PM - Você tem se engajado em algumas campanhas humanitárias em União. Quais são essas atividades e que resultado elas trouxeram?
CMN  - O Rotary em sua área de atuação concentra esforços em combater doenças, levar água potável para as comunidades onde não existe água limpa, fomentar educação, construir caminhos para a paz, cuidar de bebês e mamães evitando a morte infantil e materna, ajudar comunidades a se desenvolver econômica e sustentavelmente. Ao entrar no Rotary fiquei pensando no que poderíamos fazer para ajudar a cidade: daí lembrei dos bairros que têm espaços para práticas esportivas, mas não há nenhum incentivo, nem do município ou de outras organizações. Fiz um projeto, conseguimos recursos e estamos realizando A Caravana do Rotary, sempre tendo os parceiros e colaboradores em potencial desenvolvendo atividades esportivas, recreativas, de saúde e sociais. Os resultados são extraordinários, desde o sorriso da criança com olhar cheio de esperança, até a mãe que leva seu filho pra atendimento e recebe orientação de saúde e bem estar familiar.
PM -  Você acha importante esse tipo de ação? Por quê?
CMN  - Sim, sem dúvida. Temos visto, diariamente, centenas de crianças, jovens, adultos e famílias sofrerem as consequências da violência criminal e da violência de direitos. Direitos estes que são desviados do povo por políticos que não honram o dever outorgado pela população. Acredito em União e acho que as pessoas têm um poder extraordinário dentro de si: somos frutos de uma ideia divina e como filhos de um Deus misericordioso, benevolente, somos herdeiros destas características; só precisamos de um estímulo para viver e é o que estamos oferecendo.
PM - Fale um pouco de suas propostas e projetos. Pretende se candidatar a algum cargo público além da presidência do Rotary?
CMN  - Um ano de mandato passa muito rápido, estamos motivados à concluir o projeto ‘Eu sou União’ – a etapa esportiva será concluída em setembro e doaremos para as comunidades Newton Pereira e Nova Esperança todo o material esportivo usado no projeto, em seguida iremos para área da cultura com a produção de vídeos e fotos sobre a história de União, seus personagens históricos e vivos. Também temos o projeto “Arte no muro” que levará nossa cultura para as paredes ‘sujas’ da cidade com um pouco de grafite e pintura. Enfim, são várias ações, são muitas ideias e o tempo urge, entretanto de todos os projetos o que mais cativou é o sonho de abrir a Escola de Música do Rotary e acredito que iremos com a ajuda da população. Quanto à segunda pergunta, toda pessoa pública que tem respaldo e apoio da comunidade pensa ou já pensou em ocupar um cargo público: eu acredito na política séria, limpa, comprometida com o coletivo, transparente e com diálogo direto, acredito que ser prefeito, vereador, secretário do Executivo é uma honra para qualquer cidadão de bem com estas características. Eu acredito. Mas não há nenhum plano para que eu dispute eleição em União nestes próximos anos. Quero encerrar meu mandato no Rotary e me preparar para o futuro, outros desafios virão.
PM - Qual a importância da família para você?
CMN - Família para mim é o princípio de tudo: sem pai ou mãe não somos nada, aliás nem existiríamos; vivemos num mundo globalizado, onde o acesso à informação ficou mais prático e fácil, e isso é bom. Os direitos individuais e coletivos têm sido debatidos diuturnamente e isto é extraordinário, defendo o direito de todos, defendo a família, acredito que a família bem instruída, compromissada nos valores morais, sociais e espirituais tem muito a oferecer para a comunidade. Sou fruto de uma família assim, não posso deixar de defender a família.
 PM - O que acha da aprovação da maioridade penal na Câmara Federal?
CMN  - A sociedade não amadureceu a ideia ainda;  o assunto não foi discutido abertamente com a sociedade e a mídia jogou uma bomba para a população. Obviamente que a sociedade escolheu a forma mais ‘prática’ à vista dela; o sistema falhou com a segurança e com a educação no país nos últimos anos, apesar dos avanços claro. Vimos cada vez mais crianças e jovens serem vítimas ou serem participantes de crimes. A Câmara apenas atendeu um apelo popular, se vai dar certo ou não, o tempo dirá. Mas eu defendo sempre a vida, a oportunidade de transformação através da família, da religião, do trabalho digno e claro da educação.
PM  - Avalia que a solução para jovens infratores seja a reclusão?
CMN  - Não. Ninguém aprende nada de bom preso num cubículo frio, sujo e escuro com outros infratores. A solução é mudar todo o sistema de reclusão brasileiro, mas ninguém discute isso porque exigiria reformas, investimentos e quando se fala em investimentos, o assunto rapidamente é dispensado. Prender, calar, bater, matar não é solução para as mazelas que há na sociedade, precisamos sim construir oportunidades para que crianças e jovens tenham a chance de ter uma vida digna. Acredito que quando o sistema verdadeiramente funcionar, não teremos tantos casos ruins, como os que temos visto.
PM  - Fique à vontade para fazer suas considerações
CMN  - Sinto-me muito honrado em poder servir à minha comunidade como presidente do Rotary Club de União. É uma oportunidade de dizer e mostrar que a juventude tem muito a oferecer, é o momento de mostrar que temos sim condições de protagonizar as mudanças que queremos na nossa cidade. Há muito a ser feito e muito vamos fazer. Sou grato por cada passo e ajuda que obtive no meu caminho, eles me trouxeram aqui. Obrigado pela oportunidade de falar um pouco sobre este desafio. “Pronto para mais uma missão, vamos ao trabalho”.

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