sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Um jeito de ser...

Olívia de Cássia - jornalista

Chega aquele tempo que você começa a se impacientar com algumas situações que estão postas na vida e começa a listar os subtextos de algumas palavras impostas; isso tem me despertado o sentido, aquele de alerta interior, que sempre me acompanha.

Tem dias que venho meditando sobre isso; esse sentimento coronelista que está dentro de algumas pessoas, me inquieta. Sou uma pessoa complicada de se entender, às vezes até eu me surpreendo comigo.

Por esse motivo estou sempre com aquele pisca de alerta no meu interior; estou sempre em vigília para não cometer desatinos.  Li numa resenha de texto na internet que o mandonismo está ligado ao coronelismo e ao clientelismo e que essa é uma discussão conceitual.

Procuro não interpretar palavras ao sabor das minhas expectativas, mas meu trabalho me alerta que devo estar atenda para o que está dito nas entrelinhas da vida e do texto. É sempre assim.

Eu tenho um sentido, que alguns chamam de sexto e que eu digo que é mais do que isso, que me alerta quando algo está por vir a acontecer, comigo ou com outrem. Hoje estou assim, não muito alegre e nem confiante, com minha meta adotada de ser sempre positiva de um tempo em diante, quando eu descobri que a minha felicidade estava dentro de mim.

Algo está me incomodando e começa a mexer com minhas entranhas. Sou de uma geração que não gosta de ser mandada;  vigiada ou impedida de fazer algo, sempre me rebelei contra a falta de liberdade e vou levar para a outra vida esse sentimento.

Não tenho espírito de liderança, nunca tive; admiro quem o tem, mas para mim, às vezes, soa como mandonismo, aquele hábito ou desejo de mandar em qualquer circunstância; de estar sempre em evidência ou com a razão, como se não importasse o que os outros pensem ou façam.

Tem gente que se acha superior, melhor que o outro, como se não cometesse erros. Mas eu entendo que cada pessoa é única e ter esse víeis não é algo negativo na nossa sociedade: nem na atual e nem antigamente, mas eu não tenho boas lembranças dessa coisa autoritária e impertinente.

Por causa disso eu passei por perrengues na vida, de alguns sentimentos não muito positivos; dessa forma, avalio que para ser um líder é necessário que se tenha firmeza sem autoritarismo, sem mandonismo, atitude um tanto quanto perigosa.

As pessoas que têm esse jeito elas não mudam e nem percebem, ou se percebem isso, acreditam que é o correto a se fazer, não sentem o quanto têm de impertinência. Eu tenho um jeito de ser e isso pode ser um grande defeito meu: não gosto de dar palpites na vida dos outros, a não ser que eles me sejam solicitados.

Pode ser que eu não esteja me fazendo entender agora, mas o texto pode não esclarecer ao leitor “de forma clara, prática e, acima de tudo, inovadora, que alguns conceitos são relacionados, mas não são sinônimos, de modo que cada um possui sua especificidade além de representarem períodos diferentes de evolução”, como observa Patrícia Ribeiro de Castro Abbud.

Pode ser também que muitos dos meus leitores tenham  esse mesmo sentimento que eu. Quando a opinião vem de amigos é bem-vinda e às vezes serve de alerta. Boa noite e fiquem com Deus!

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