domingo, 29 de novembro de 2015

Uma rotina quase estranha ...

Olívia de Cássia - jornalista

A gente pode estar seguro do que quer, mas chega um dia em que todas as lembranças vêm à tona e nos pegamos viajando em pensamentos, vivenciando coisas que fazem parte de um passado distante, da adolescência e juventude, mas que às vezes se faz tão presente que dói na alma da gente.

Todas essas lembranças nos servem de lição, são acontecimentos que fizeram parte do nosso crescimento interior, aquelas vivências mais profundas que influenciaram de alguma forma na nossa vida e construíram a nossa personalidade.

Acho que é isso o que faz a pessoa madura. Eu sou o que sou e nunca fingi ser diferente, de dupla personalidade, porque não posso passar para os que estão próximos de mim uma imagem diferente, não sei fingir.

Sempre tive uma maneira de pensar diferente, o que me rendeu na família algumas situações e conceitos precipitados. Alguns me tomaram por louca e outros por radical. Quem me conhece sabe que eu sou assim mesmo: às vezes um pouco louca, romântica, antagônica ao extremo. Mas nunca dissimulada.  Apenas uma pessoa querendo ser feliz e justa.

Às vezes a gente se angustia pela falta de reconhecimento pelo nosso esforço, mas isso também faz parte do jogo. Não vamos esperar que tudo saia perfeito, da forma  como desejamos.  

Tem momentos que me pego fazendo interrogações, querendo saber o motivo de tais situações, mas nem isso vai tirar o meu foco se acredito e amo  o que faço. Tem momentos que me falta paciência, talvez isso seja os sinais da idade que batem á porta, mas procuro amenizá-los.

Só sinto a idade que tenho quando as limitações dão aquele sinal de alerta e me dizem que terei um pouco de dificuldade perante aquela situação, mas que devo tentar. É fim de tarde de domingo e o barulho na rua é apenas do álcool que já mostrou seus sinais na vizinhança.

Crianças correrem pela rua brincando; ainda um privilégio por aqui, feito aquele tempo do interior que não tínhamos violência e podíamos brincar nas calçadas e na vizinhança. Meus bebês de quatro patas já se aquietaram diante do barulho de final de tarde de domingo, lá de fora, e ainda me sinto sonolenta, apesar de ter dormido tanto no fim de semana.


Preciso de poesia para suavizar meus caminhos ainda que tortuosos e incertos. Quero continuar semeando a tolerância, a paz, a humildade  e que haja ainda um longo caminho a percorrer. Boa tarde. 

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