sexta-feira, 28 de abril de 2017

Em tempo de reformas

Por Olívia de Cássia

Me ausentei por um tempo de atualizar o blog e a minha página no Facebook, por conta de estar com reformas em casa e não ter nem onde colocar o notebook para escrever alguma coisa. Nesse ínterim, meu tempo foi ocupado com assuntos domésticos e material de construção.

A minha reforma ainda não acabou, mas não estou ausente das grandes discussões nacionais ou da pauta diária local. Hoje é dia de greve geral contra as reformas do governo ilegítimo. Ligo a TV e vejo a âncora tratar o dia como um feriadão e discorrer apenas sobre os 'prejuízos' que a greve irá trazer ao país.

Em momento algum falam dos prejuízos que essas reformas da Previdência e a trabalhista vão resultar ao trabalhador brasileiro. E me ponho a pensar e a estabelecer alguns parâmetros.

A comparar a reação da população de outros países se algo parecido acontecesse por lá. Sou contra a violência, mas o povo tem que ir as ruas reclamar o que está sendo tomado. E aqui não vai a opinião partidária, mas cidadã.

O que é que os pais estão ensinando hoje em dia a seus filhos e o que eles estão aprendendo nas escolas, a gente não sabe. Estou sendo censurada numa rede social, por compartilhar postagens defendendo a greve geral e contra o golpe desferido no ano passado. Isso quer dizer que 2016 ainda não acabou.

O regime de exceção está sendo aplicado no pais, a democracia está sendo tomada por uma corja vagabunda de ladróes, comprovadamente e mesmo assim ainda tem gente se colocando conta a mobilização dos trabalhadores.

Copiei na minha linha do tempo no Facebook, um texto do amigo Carlos Madeiro, já que estou sendo impedida de compartilhar textos pertinentes ao tema, mas vou reproduzir aqui também já que acho bem oportuno.

Diz ele: "Você pode ser contra a greve. Não vá, é compreensível a omissão. O que não​ se pode tirar é o direito de luta das pessoas. Existem no Congresso duas propostas que afetam brutalmente as relações de trabalho e a aposentadoria", disse ele.

"São temas sérios demais, que não foram debatidos --a não ser com empresários-- e que as mudanças foram propostas por um governo​ interino. Não importa aqui se você defende esse ou outro ponto de vista. A greve é um grito do trabalhador que teme essas mudanças e vê a chance da vida piorar. Todos devem entender isso, independente de lado político. Ah, e se você acha de verdade que quem apoia a greve é para não prenderem Lula, pra defender o PT, procura uma terapia. E tenta curar ó odio que lhe faz mal e o aliena da realidade", observou Madeiro.

Sou de uma época que quualquer que fosse a medida contra trabalhadores e estudantes, estávamos na rua protestando, mesmo em época de ditadura militar. Me inquieto com a passividade das pessoas, principalmente os estudantes de agora, que já receberam o país numa democracia e a maioria que se abstém de se posicionar nasceu em lares com conforto.

Defendo a greve geral, sim. Embora esteja impedida fisicamente de estar em protestos e grandes aglomerados, por conta de problemas de saúde, mas faço a minha parte de outras formas. Vamos reivindicar nossos direitos e nas próximas eleições retirar essa corja vagabunda que tira o direito dos trabalhadores. É o que tenho a dizer hoje, parz reflexão.

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