domingo, 3 de setembro de 2017

Sobre o ato de escrever

(Foto tirada do celular. Crédito: Olívia de Cássia Cerqueira)

Por Olívia de Cássia

Escrever é transpiração, inspiração e uma cachaça mesmo, para quem gosta de fazê-lo . Mas de vez em quando a gente trava e dá um nó e para de fazer uma das coisas que mais se gosta. Não sei dizer o motivo. Pelo menos ainda. Tenho pensado nisso nos últimos dias, depois da aposentadoria.

A fotografia e as leituras estão mais presentes em minha vida. E essa minha paixão pelas imagens já causou alguns debates pela minha vida afora. O tempo agora é de suavidade, aproveitar o que me resta, de forma mais harmônica e suave.

Estou procurando atualizar as leituras e colocar a casa em ordem. Agora tenho todo o tempo do mundo para construir um cantinho melhor e mais aconchegante para mim já na idade avançada.

Numa postagem minha, num grupo que os amigos fizeram, em uma rede social para me ajudar nesse processo todo, eu disse que essa minha ausência naquele espaço não quer dizer que eu tenha esquecido da solidariedade de todos os amigos que lutaram comigo, para que conseguisse me aposentar e ter qualidade de vida para aproveitar o resto da minha sobrevida.

Os amigos estão e estarão sempre em meus pensamentos e orações e eu agradeço a todos, todos os dias, em pensamento, pois sem a intervenção deles eu não teria obtido esse êxito, para contornar as limitações da Ataxia(DMJ). Posso dizer que estou feliz, apesar de tudo.

Mas eu queria mesmo era falar sobre o hábito da escrita, que foi minguando por algum tempo, devido à preguiça intelectual ou à falta de inspiração. E nesse ritmo eu vou seguindo meus dias tentando encontrar substituições para ocupar meu tempo.

Tempo que agora é de ouro, enquanto eu puder me locomover, embora que de forma cambaleante, até que minha missão tenha sido cumprida e eu seja chamada para ficar junto do pai.

Carlos Drummond de Andrade disse certa vez que cada palavra tem mil faces secretas e que a gente vai colocando nelas o nosso sentimento. Sentimento esse que por esses dias desapareceu da minha mente cansada e que estouu tentando recuperar, para não perder minhas referências intelectuais.

O que gosto de falar não são delírios vãos. Pode ser incursões sobre a vida, filosofias ou descrição de algum fato ou situação que nos agrade ou que nos faça ocupar um tempo para relatar tal fato.

Comecei a escrever na adolescência, incentivada e seguindo o exemplo da minha amiga Eliane Godói, hoje Aquino, e transcrevia para meus cadernos os contos e as histórias de amor que ela escrevia para cada uma das amigas.

Depois comecei a ter meu próprio estilo, escrevi alguns versinhos de amor e fui me apaixonando pela escrita e leitura, fato que me levou a escolher jornalismo como profissão a seguir.E por hoje é só. Tenham todos uma ótima semana e me perdoem se cometi alguma digressão gramatical.

Nenhum comentário:

Semana Santa

Olívia de Cássia Cerqueira (Republicado do  Blog,  com algumas modificações)   Sexta-feira, 29 de abril, é Dia da Paixão de Cristo. ...